MANILA, Filipinas – Grupos pró-democracia comemoraram no domingo o 38º aniversário da Revolução do Poder Popular de Edsa, pedindo o fim da Emenda da Carta (Cha-Cha).
Grupos compostos por, entre outros: agricultores, trabalhadores, professores e organizações religiosas gritaram “Não ao Cha-cha!”
Eles realizaram uma manifestação em frente ao Santuário Edsa, na cidade de Quezon, onde agitaram bandeiras e cartazes de piquete.
A Carta do país foi ratificada em 1987, um ano após a revolta que derrubou a ditadura do ex-presidente Ferdinand Marcos Sr.
Foi descrita como uma Carta que inauguraria uma nova era de democracia no país.
A representante do Partido das Mulheres de Gabriela, Arlene Brosas, disse ao INQUIRER.net que a comemoração da rebelião histórica deste ano visa preservar a constituição do país.
Ela disse que mudar isso equivalia a desmantelar o símbolo da Revolução do Poder Popular de 1986.
“Qualquer forma de mudança da Carta é um ataque direto aos nossos cidadãos e às nossas pessoas marginalizadas”, disse ela numa entrevista.
“O que estamos dizendo é que os filipinos realmente precisam de meios de subsistência, de um aumento nos salários e de terras para os nossos agricultores”, acrescentou Brosas.
Entretanto, o representante da lista do partido ACT Teachers, France Castro, afirmou que o bloqueio dos movimentos de Cha-Cha é necessário para preservar a soberania do país.
“Dizem que a alteração da Carta alterará as regulamentações económicas do país, o que poderá aumentar o domínio estrangeiro nas Filipinas”, alertou o legislador.
A Câmara dos Representantes está programada para deliberar sobre Cha-cha como um comitê completo em 26 de fevereiro.
A celebração deste ano deste evento incruento é a segunda realizada durante a administração do ex-presidente Ferdinand “Bongbong” Marcos Jr.
A comemoração de 2024 não foi reconhecida como feriado conforme consta da Proclamação nº 368 assinada pelo Presidente Ferdinand Marcos Jr. 11 de outubro de 2023